Os presos do Presídio Provisório Raimundo Nonato Fernandes, localizado na Zona Norte de Natal, estão novamente fora das celas, a situação já havia sido denunciada a mais de um ano atrás, quando os apenados se negavam a ficar dentro das celas por falta d’agua. Agora o motivo é a falta de energia nas carceragens.
A situação foi constatada ontem à noite pelo coordenador de direitos humanos da Associação dos Cabos e Soldados da PM/RN, Cabo Jeoás, e aponta mais uma vez a situação de descaso do Estado com os apenados, agentes penitenciários e policiais militares daquele presídio.
“As celas estão sem energia e os presos se recusam a ficar nas mesmas. A situação se repete há três dias e se agrava a cada dia que passa. No presídio provisório são apenas cinco agentes penitenciários e doze policiais militares, que fazem somente a guarda externa, para 400 presos”, afirmou.
Ainda de acordo com o representante da associação, ontem à noite, houve um indício de tentativa de fuga. “Os policiais militares que estavam nas guaritas viram quando alguns presos arremessaram para fora do muro uma “teresa” e avisaram aos agentes. Foram enviadas para o presídio 25 viaturas para o local, mas nada foi feito para resolver a situação dentro do presídio. Lá existe um alto risco de fuga iminente e permanente, pois são poucos agentes para conter essa quantidade de presos e o trabalho da guarda está sendo prejudicado, pois eles tem que se preocupar com a guarda externa e interna”, disse.
Os policiais militares da guarda também reclamam de falta de coletes, de rádios de comunicação, de armamento, além da infraestrutura das guaritas. A situação, também denunciada no ano passado, de um esgoto a céu aberto em frente às guaritas ainda permanece da mesma forma.
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